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Cinescópio Quatro - Janeiro\Fevereiro de 2017

1.

Ouvindo o pianista do mar

Vinicius Varela

(Poeta no interior de uma garganta de baleia)

 

 

         Max Tooney entra para a entrevista de emprego no navio Virginian. Um entrevistador velho e rabugento pergunta a ele o que ele sabe fazer. Ele diz que toca trompete. O homem diz que eles já têm músicos suficientes e pede para ele se retirar. Max Tooney saca o seu trompete da case e se revela um trompetista encantador de homens. Todos param o que estão fazendo para ouvir o trompete de Max Tooney que sai porta a fora e dá um show para toda a tripulação do Virginian. Assim se dá o primeiro encontro entre o trompetista encantador de homens e o encantador de mares. É um encontro musical. O pianista do mar escuta a música de Max Tooney, mas eles não se veem. Do alto do navio David Boodman  T.D. Lemons Nineteen Hundread (Mil e Novecentos) ouve o trompete e David Boodman. É um encontro de ouvidos, de audições. Depois dessa demonstração o trompetista consegue seu lugar no navio da criança encantada pelo mar.

          Max Tooney cambaleia pelo navio, sai rolando pelos corredores enquanto o navio é atingido por ondas gigantes. Sapatos caídos das prateleiras ou extraviados de debaixo das camas dos passageiros deslizam pelos corredores como peixes de couro no mar de madeira envernizada do Virginian. Max Tooney vomita em um balde quando David Boodman, ou como é conhecido “Mil e Novecentos”, ano em que foi abandonado no navio e encontrado por um dos responsáveis dos fornos da casa de máquinas, surge diante do trompetista e o chama de “Coon”. Coon é o nome da marca do trompete que ele toca. Ele não sabe o nome de Max Tooney, não sabe quem ele é, mas sabe a marca e o instrumento que ele toca. Todo homem deveria ser chamado pela marca do instrumento que toca. Esse é o verdadeiro nome de um homem. É assim que deveriam ser feitas as apresentações. A partir do instrumento através do qual produzimos nossa música.

              Mil e Novecentos convida o trompetista para um passeio pelo navio dizendo que tem a cura para o seu mal. O pianista caminha inabalável, em perfeito equilíbrio pelo navio, enquanto Max Tooney o segue com dificuldade aos tropeços. O trompetista é jogado de um lado para o outro do navio, junto com a mobília, como se estivesse em uma gangorra. T.D. Lemons sequer chacoalha. O movimento do mar está dentro dele. O pianista toma assento ao piano no grande salão de festas do navio e pede ao trompetista encantador de homens que solte os freios do piano. Mil e Novecentos começa a tocar sua música de tempestade enquanto o piano desliza pelo salão, dançando uma valsa com o mar. Ele convida Max Tooney para se sentar ao lado dele e dar uma voltinha no piano dançante, aquela é a cura para o seu enjoo. Mil e Novecentos conhece a música para cada momento, inclusive para acalmar tempestades. O trompetista hesita e o pianista lhe diz que é agora ou nunca. Nesse momento o pianista ensina uma grande lição. Mesmo na tempestade é preciso ser capaz de musicar a vida. A música aumenta a tempestade do mar, vemos as ondas se levantando ao som dos acordes, mas o maremoto interno foi pacificado. A sua música nina o enjoo de Max Tooney. Uma tempestade pode ser uma excelente oportunidade para dançar. Dançar uma valsa com o oceano. Mil e Novecentos faz de sua música um meio para o trompetista enxergar as possibilidades. É agora ou nunca, ele diz. Na vida há o tipo de pessoa que embarca em pianos dançantes e o que chacoalha em navios. É isso que T.D. Lemons tenta dizer a Max Tooney. Quando a oportunidade aparece, temos que sentar no piano dançante e dar uma voltinha ou continuar vomitando para sempre.

          Esse piano dançante é o improviso, a resiliência. Ao lhe pedir para soltar os freios do piano, Mil e Novecentos convida metaforicamente Max Tooney a viver a vida. Ele mostra ao trompetista que o segredo não é parar, freiar, se apegar à segurança das coisas estáticas, à quietude, o segredo é o movimento.  Max Tooney não estava na velocidade certa, não estava em sincronia com os movimentos do navio e do mar. O corpo de David Boodman T.D. Lemons Mil e Novecentos estava harmonizado com esses balanços, ele conhecia as partituras do mar. O segredo é estar na mesma velocidade que a tempestade, deixar fluir, ser levado pela maré. Enquanto se dança, não se morre. Enquanto se tem uma música para tocar a tempestade não é capaz de nos derrubar. Enquanto se tem uma boa história e alguém a quem contá-la não se está realmente acabado.

 

A LENDA DO PIANISTA DO MAR

dirigido por Giuseppe Tornatore; escrito por  Alessandro Baricco (monologue Novecento), Giuseppe Tornatore;Itália. 1998 | 170 min.

 

 

Sinopse: Um garoto nasce em pleno alto-mar, ganhando o nome do ano em que nasceu: 1900. A criança cresce num mundo encantado de fortes ventos tempestuosos e cobertas balançando, conhecendo toda a existência disponível a seu toque nos confins do transatlântico em que nasceu. Já crescido, seu talento natural no piano chama a atenção da lenda do jazz Jelly Roll Morton, que sobe a bordo para desafiar 1900 para um duelo. Indiferente com sua súbita notoriedade, 1900 mantém uma fixação pelo mar, sendo sempre seduzido pelos sons do oceano.

still de A lenda do pianista do mar

A lenda do pianista do mar - domingo dia 8.2 às 19 horas - ENTRADA E LIVRE - TRIBUNA LIVRE CULTURAL

still de A lenda do pianista do mar

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Ouvindo o pianista do mar

Vinicius Varela

(Poeta no interior de uma garganta de baleia)

 

 

         Max Tooney entra para a entrevista de emprego no navio Virginian. Um entrevistador velho e rabugento pergunta a ele o que ele sabe fazer. Ele diz que toca trompete. O homem diz que eles já têm músicos suficientes e pede para ele se retirar. Max Tooney saca o seu trompete da case e se revela um trompetista encantador de homens. Todos param o que estão fazendo para ouvir o trompete de Max Tooney que sai porta a fora e dá um show para toda a tripulação do Virginian. Assim se dá o primeiro encontro entre o trompetista encantador de homens e o encantador de mares. É um encontro musical. O pianista do mar escuta a música de Max Tooney, mas eles não se veem. Do alto do navio David Boodman  T.D. Lemons Nineteen Hundread (Mil e Novecentos) ouve o trompete e David Boodman. É um encontro de ouvidos, de audições. Depois dessa demonstração o trompetista consegue seu lugar no navio da criança encantada pelo mar.

          Max Tooney cambaleia pelo navio, sai rolando pelos corredores enquanto o navio é atingido por ondas gigantes. Sapatos caídos das prateleiras ou extraviados de debaixo das camas dos passageiros deslizam pelos corredores como peixes de couro no mar de madeira envernizada do Virginian. Max Tooney vomita em um balde quando David Boodman, ou como é conhecido “Mil e Novecentos”, ano em que foi abandonado no navio e encontrado por um dos responsáveis dos fornos da casa de máquinas, surge diante do trompetista e o chama de “Coon”. Coon é o nome da marca do trompete que ele toca. Ele não sabe o nome de Max Tooney, não sabe quem ele é, mas sabe a marca e o instrumento que ele toca. Todo homem deveria ser chamado pela marca do instrumento que toca. Esse é o verdadeiro nome de um homem. É assim que deveriam ser feitas as apresentações. A partir do instrumento através do qual produzimos nossa música.

              Mil e Novecentos convida o trompetista para um passeio pelo navio dizendo que tem a cura para o seu mal. O pianista caminha inabalável, em perfeito equilíbrio pelo navio, enquanto Max Tooney o segue com dificuldade aos tropeços. O trompetista é jogado de um lado para o outro do navio, junto com a mobília, como se estivesse em uma gangorra. T.D. Lemons sequer chacoalha. O movimento do mar está dentro dele. O pianista toma assento ao piano no grande salão de festas do navio e pede ao trompetista encantador de homens que solte os freios do piano. Mil e Novecentos começa a tocar sua música de tempestade enquanto o piano desliza pelo salão, dançando uma valsa com o mar. Ele convida Max Tooney para se sentar ao lado dele e dar uma voltinha no piano dançante, aquela é a cura para o seu enjoo. Mil e Novecentos conhece a música para cada momento, inclusive para acalmar tempestades. O trompetista hesita e o pianista lhe diz que é agora ou nunca. Nesse momento o pianista ensina uma grande lição. Mesmo na tempestade é preciso ser capaz de musicar a vida. A música aumenta a tempestade do mar, vemos as ondas se levantando ao som dos acordes, mas o maremoto interno foi pacificado. A sua música nina o enjoo de Max Tooney. Uma tempestade pode ser uma excelente oportunidade para dançar. Dançar uma valsa com o oceano. Mil e Novecentos faz de sua música um meio para o trompetista enxergar as possibilidades. É agora ou nunca, ele diz. Na vida há o tipo de pessoa que embarca em pianos dançantes e o que chacoalha em navios. É isso que T.D. Lemons tenta dizer a Max Tooney. Quando a oportunidade aparece, temos que sentar no piano dançante e dar uma voltinha ou continuar vomitando para sempre.

          Esse piano dançante é o improviso, a resiliência. Ao lhe pedir para soltar os freios do piano, Mil e Novecentos convida metaforicamente Max Tooney a viver a vida. Ele mostra ao trompetista que o segredo não é parar, freiar, se apegar à segurança das coisas estáticas, à quietude, o segredo é o movimento.  Max Tooney não estava na velocidade certa, não estava em sincronia com os movimentos do navio e do mar. O corpo de David Boodman T.D. Lemons Mil e Novecentos estava harmonizado com esses balanços, ele conhecia as partituras do mar. O segredo é estar na mesma velocidade que a tempestade, deixar fluir, ser levado pela maré. Enquanto se dança, não se morre. Enquanto se tem uma música para tocar a tempestade não é capaz de nos derrubar. Enquanto se tem uma boa história e alguém a quem contá-la não se está realmente acabado.

 

A LENDA DO PIANISTA DO MAR

dirigido por Giuseppe Tornatore; escrito por  Alessandro Baricco (monologue Novecento), Giuseppe Tornatore;Itália. 1998 | 170 min.

 

 

Sinopse: Um garoto nasce em pleno alto-mar, ganhando o nome do ano em que nasceu: 1900. A criança cresce num mundo encantado de fortes ventos tempestuosos e cobertas balançando, conhecendo toda a existência disponível a seu toque nos confins do transatlântico em que nasceu. Já crescido, seu talento natural no piano chama a atenção da lenda do jazz Jelly Roll Morton, que sobe a bordo para desafiar 1900 para um duelo. Indiferente com sua súbita notoriedade, 1900 mantém uma fixação pelo mar, sendo sempre seduzido pelos sons do oceano.

1.

Cinescópio Quatro - Janeiro\Fevereiro de 2017

2.

Babilônia 2000 - domingo dia 12.2 às 19 horas - ENTRADA E LIVRE - TRIBUNA LIVRE CULTURAL

Babilônia 2000

 

Ricardo, o Monteiro.

(professor da rede estadual)

 

         Quando topei o desafio de escrever para o Cinescópio, assumi o risco de falar sobre um dos filmes que mais me marcou nos últimos tempos.Na verdade, acho que não posso nem dizer só de um filme, mas de um conjunto de filmes; de um diretor e suas obras. Acho que (re)começo a pensar em cinema como arte depois desse contato.Estou falando do filme Babilônia 2000, de Eduardo Coutinho.Depois dele vieram todos os outros em sequencia - para mim inédita! Nunca fui cinéfilo nem nunca havia despertado para um diretor específico, conscientemente. Babilônia 2000 me fez querer mais... e eu encontrei. Edifício Master (2002), Peões (2004), Cabra Marcado para Morrer (1984) são obras primas e, depois descobri, referências quando se trata de documentários de longa metragem brasileiros, todos de Eduardo Coutinho. Fiquei amarradão.

        Ainda assim, não fiquei tão confortável com a ideia de escrever sobre esse filme para um jornal. Sem vergonhice, é a primeira vez que me derramo em tinta numa publicação deste tipo. Despir-se do linguajar e da semântica acadêmica é para mim, ainda, um obstáculo, mas o Coutinho me instigou, me aguçou a curiosidade de uma tal forma que entendi ser possível transmitir aqui uma mensagem que estimulasse também a curiosidade de quem quer que seja; que parou para tentar entender que negócio é esse de cineclube, jornalzinho... Babilônia 2000. Então, já que chegamos ao ponto, convido-os para um breve briefing desta experiência que, mesmo para quem já assistiu ao documentário, continua nova.

       Por onde começar? Me equilibrando nessa corda bamba, vou partir da pergunta clássica: o filme fala de que? De imediato, o filme depõe, revela. Lançado em 2001, Babilônia 2000 é uma produção aparentemente simples, de logística quase óbvia, mas que alcança uma complexidade extasiante quando de encontro com o público. Aí a magia acontece. Coutinho flagra as comunidades do Chapéu Mangueira e da Babilônia (Rio de Janeiro) nas últimas horas do ano, nos preparativos para as festas de réveillon do ano 1999 para o ano 2000. O sentimento quase geral é de esperança, e sobre isso Coutinho é capaz de desembolar uma série de discursos impregnados de realidades, de memórias e, claro, expectativas.  Há quanto tempo moram na comunidade? O que você ainda vai fazer até a meia noite? O que aconteceu com ele? Como você acha que será este ano que chega? São perguntas que circulam em sintonia fina, sem exageros e capazes de expressar um conjunto muito profundo de sensações. Sem dúvida, a busca é por uma espécie de reconhecimento entre aqueles, entrevistados, e o público, que, no meu caso, me vi respondendo às mesmas perguntas do filme, para mim mesmo, mais tarde. Coutinho é muito hábil e feliz em extrair das pessoas essa verdade escondida.

        São cinco equipes que circulam pela comunidade interagindo nas ruas, visitando as casas, rádios comunitárias, churrascos e jogos de futebol. São histórias de vida reveladas no desejo de falar de si com orgulho, apesar da marginalização colocada pelo sistema. Coutinho ressignifica o território com muito cuidado para deixar claro que, apesardos aspectos difíceis da vida nesta comunidade, como os altos índices de criminalidade a qual foi submetida pelo Estado, a favela também é alegria, harmonia, é trabalho, é paz, é sabedoria, é abundância, é história e intensidade.

Depois de tanto sangue derramado por tropas de elite em cidades de deuses e diabos, Babilônia 2000 alivia aquele aperto na qual estava a favela na cinematografia brasileira. A tensão permanece flutuante no rasante de um helicóptero durante a filmagem, ao mesmo tempo em que a trilha sonora dá uma aliviada; é a Janis Joplin numa versão especialmente aportuguesada por uma moradora que se auto intitulaex-hippie. Muito engraçado. Muito tenso. Muito vivo. Acho que se desenvolvêssemos uma nova tecnologia, seríamos capazes de continuar as conversas por horas, o filme duraria dias e a experiência se transformaria numa vivência nesses bairros cariocas. Quem sabe? Talvez seja também um convite para visitarmos o Morro da Babilônia, o morro do Salgueiro, da Mangueira, do São Carlos e tantos outros. Conhecer a favela, as periferias pulsantes.Pelo filme, soube que o visual para a queima de fogos na praia de Copacabana é privilegiado! A animação então, nem se fala! Em tantos morros, tantas favelas, tantas vistas privilegiadas desta cidade chamada Rio de Janeiro. Contraditoriamente, destes mirantes podemos ver também o de mais cruel nesse espetáculo carioca de cada dia.

Enfim, essa sessão faz parte de uma curadoria do Cineclube Lumiar.                

       Precisávamos escolher um filme brasileiro para fevereiro, um filme que ainda não tivesse sido exibido no cineclube. Lacuna difícil, mas - como estava na onda do Coutinho - levantei a bola e o grupo na hora topou: Babilônia 2000! Espero que depois dessa sessão tenhamos ainda a oportunidade para assistirmos juntos outras obras igualmente interessantes de Eduardo Coutinho. Enquanto isso, seguimos com mais som!

 

BABILÔNIA 2000

dirigido por Eduardo Coutinho; Brasil. 1999 | 80 min.

 

 

Sinopse: Na manhã do último dia de 1999, uma equipe de filmagens sobe o Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Lá existem duas favelas, Chapéu Mangueira e Babilônia, as únicas situadas na orla de Copacabana e cujos moradores podem acompanhar ao vivo o reveillon de Copacabana. Durante 12 horas, as câmeras da equipe de filmagens acompanham os preparativos locais para o reveillon, assim como ouve os moradores locais a fim de saber as expectativas deles para o ano 2000 e para que possam fazer um balanço de suas vidas.

 

 

 

Tico-Tico no Fubá, a Música fora do Mainstream

 

DJ Rádio Vitrola

 

         Certa vez me deparei com uma jovem interessada em um vinil de Villa-Lobos. Havia tantos outros ali disponíveis, mas o interesse dela era por aquele. Da mesma forma me pergunto se conheceria a música de Zequinha de Abreu e de tantos outros que produziram música fora do mainstream e que morreram pobres e amargurados.

           Difícil esquecer o rosto ressecado de Anselmo Duarte que dividido entre o álcool e o amor impossível, tenta se lembrar da música tocada há quatro anos e que seria a famosa Tico-Tico no Fubá, sucesso que ele não conheceria em vida.

             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

            

                    Bernard Russell disse:  “Amor é uma palavra que cobre uma variedade de sentimentos (...). Amor como uma emoção – que é o que estou falando sobre, pois amar ‘um princípio’ não é para mim genuíno – move entre dois pólos: por um lado, puro deleite na contemplação; por outro, pura benevolência. (...)” Zequinha dividido entre dois amores e dois tipos de vida, sobrevive com a música, considerada por aqueles que a ouvem como “música caipira”. E tão caipira é que termina virando um sucesso, anos após a sua morte. Milagre das gravadoras?  

 

 

                   A história de Zequinha de Abreu não é diferente da grande maioria dos músicos deste Brasil afora, que lutam para que sua arte possa ser reconhecida e valorizada, num mundo veloz em que os produtores estão mais preocupados com o lucro imediato. E que apareçam mais jovens interessados em sentir a música! Para que possa valer cada sangue, suor e lágrima derramados.

Tico_tico no Fubá

dirigido por Adolfo Celli; Brasil. 1952 | 109 min.

 

 

Sinopse: O filme conta a vida de Zequinha de Abreu, que trabalha como funcionário público da pequena Santa Rita do Passa Quatro e é noivo de Durvalina, a moça mais bonita da cidade. Encarregado de cobrar a taxa municipal do circo que acabara de se instalar, Zequinha conhece Branca, a amazona da trupe, por quem imeditamente se apaixona. Quando cria uma música que leva o nome da artista e a executa durante um espetáculo, faz com que Durvalina fique enciumada e triste. Nesta noite ele compõe o famoso choro Tico-tico no Fubá.

  

 

 

Making of do filme

3.

Tico-Tico no Fubá - sexta dia 24.2 às 19 horas - ENTRADA E LIVRE - TRIBUNA LIVRE CULTURAL

Still do filme

Still do filme

Still do filme

Âncora 1
Âncora 2
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